sábado, 30 de agosto de 2014

LGBT

Li no site do jornal Açoriano Oriental que a marcha de encerramento do festival LGBT (lésbico, gay, bissexual e transgénero) hoje realizada em Ponta Delgada apenas contou com a participação de pouco mais de uma dezena de pessoas.

Este número despertou-me a atenção porque em anos anteriores a adesão foi muito maior.

O líder do movimento nos Açores, Terry Costa, alegou, em declarações prestadas aos jornalistas, que existem pressões e lóbis que procuram silenciar estas manifestações públicas.

O Governo Regional dos Açores, segundo a notícia que já referi, não se fez representar na marcha, depois de no passado ter apoiado a iniciativa.

Sinto alguma dificuldade em abordar o tema pois reconheço a sua complexidade. E em casos como o presente dar opinião de ânimo leve não é, certamente, um contributo sério para o esclarecimento de uma questão que continua envolta em preconceitos, despertando estados de alma, paixões, radicalismos, que afinal não aproveitam a ninguém.

No entanto há duas situações que me vêm à mente sempre que penso neste assunto.

A primeira é a dificuldade que deve ser para uma pessoa, para a sua família e para os seus amigos a descoberta de uma forma de sexualidade diferente da que é considerada comum. E penso, por isso, que é importante a sociedade e os seus responsáveis em geral não virarem costas ao problema.

A segunda é um certo exibicionismo que, por vezes, os defensores da causa LGBT põem nas ações que promovem para despertar a consciência da sociedade que referi. Ganhariam muito se, apesar de saberem que a sua luta não é fácil, fossem comedidos na forma de estar. Seriam porventura mais bem aceites se mudassem de atitude. Tenho a ideia que há uma vontade de impor direitos, quando o caminho deveria ser conquistá-los.